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19 ANOS DA AGU E SERVIDORES ADMINISTRATIVOS NÃO TÊM NADA A COMEMORAR:

21 mar

Notícia publicada no site da AGU dá conta que, aos 19 anos, a Advocacia-Geral da União (AGU) já é considerada uma instituição madura. Mas não tão madura assim! Sempre que vocês publicam noticias vangloriando a AGU, ferem de morte os corações dos servidores administrativos, que também fazem parte da história e ajudaram a construir esta instituição. Como é triste ver como sempre somos deixados de lado, como se nem existíssemos, como se fôssemos um quadro de parede só para decoração, quiçá menos importante e menos visto.

Estamos na luta por uma valorização e organização de nossa carreira há anos e nada foi feito além de promessas. É mais um ano de vida para AGU e mais um ano de sacrifícios para os servidores que estão com os salários defasados e vêem seus rendimentos sendo engolidos pelo vilão da inflação, que corrói silenciosamente e sem perdão seus salários. Morar numa capital da Federação, a exemplo de Brasília, com salário líquido de R$ 3.200,00, é missão quase impossível. Quase porque as manobras que fazemos para conseguir chegar ao final do mês são dignas de filme, como o dito popular diz “vendemos o almoço para comprar o jantar”, na prática, pagamos o cartão para pagar as contas. Dinheiro na mão faz tempo que não vemos, aliás, anos, sem contar os consignados. Feliz do servidor que não está “refém” de um consignado.

Trocando em miúdos, a Advocacia Geral da União (AGU), que é formada por membros (Advogados e Procuradores Federais) e servidores administrativos, é a instituição que paga um dos piores salários da União aos seus servidores administrativos. As diferenças chegam a mais de 200% quando comparadas com servidores do mesmo nível e pré-requisitos de ingresso do Banco Central (BC), por exemplo. Um Analista Administrativo do BC ganha, em início de carreira, o valor de R$ 12.960,77, enquanto um servidor de mesmo nível na AGU, em início de carreira, recebe o valor de R$ 3.795,25. As diferenças continuam. Os Analistas Administrativos dasrecém-criadas Agências Reguladoras recebem, em início de carreira, o valor de R$ 11.609,00, ou seja, três vezes mais que um servidor da AGU. Outro fator encontrado é o tempo que os servidores da AGU demoram para chegar ao final da carreira, 30 anos, enquanto outras categorias do serviço público federal o tempo, a exemplo do Judiciário e do MPU, é de 15 anos, ou seja, 15 anos a menos.

Continuando os comparativos, outro dado interessante é a relação entre os servidores de Nível Superior da AGU com servidores de Nível Médio de outras carreiras. Os números apontam que mesmo comparando servidores de nível de escolaridades diferentes, a AGU sai perdendo nas contas. Um Técnico do Ministério do Planejamento, cargo denível intermediário, recebe, por exemplo, o valor em início de carreira de R$ 4.917,28 contra os R$ 3.795,25 dos servidores denível superior da AGU. Quando comparamos os cargos de mesmo nível, as diferenças são ainda maiores. Os cargos de nível intermediário da AGU recebem atualmente o valor, em início de carreira, de R$ 2.831,97 contra os R$ 4.919,28 do cago de mesmo nível do BC, por exemplo.

A AGU cresceu e desenvolveu, mas esqueceu de quem construiu junto à instituição, os seus servidores administrativos. Os servidores estão em guerra com o Governo Federal desde 2008, quando foi publicada Portaria nº 1.378, que constitui o Grupo de Trabalho (GT) responsável por apresentar as propostas de anteprojeto de Lei para a criação do Plano de Cargos e Carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU). O grupo concluiu os trabalhos que resultou em mensagem ministerial. De lá para cá, sai ministro, entra ministro, sai presidente entra presidente e nada foi feito, e os servidores continuam sofrendo para pagar as contas e se organizar com o custo de vida cada vez mais alto.

Estamos desmotivados para o trabalho e desesperançosos com essa situação, o que vem gerando grande baixa nos quadros de servidores qualificados e uma alta taxa de rotatividade. Até quando a AGU irá manter essa situação? Qual é o custo dessa rotatividade de pessoal para a União? Será que essa realidade condiz com a atual posição de destaque da AGU no cenário governamental? São perguntas que nós, servidores, fazemos a todo o tempo e esperamos respostas e atitudes concretas.

Fonte:

Recebi por e-mai.

 
3 Comentários

Publicado por em março 21, 2012 em Uncategorized

 

3 Respostas para “19 ANOS DA AGU E SERVIDORES ADMINISTRATIVOS NÃO TÊM NADA A COMEMORAR:

  1. Proftel

    março 21, 2012 at 11:36 pm

    Uai!

    Tá na Rede.

    ?

     
    • Proftel

      março 21, 2012 at 11:40 pm

      Podiam treinar melhor a goela pra cantar assim né?:

      🙂

       
  2. Proftel

    março 21, 2012 at 10:38 pm

    Trabalho lá, sou “emprestado” d’uma Prefeitura (por conta de ser concursado e somos em oito funcionários lá).

    No mesmo espaço há 14 estagiários (as) e onze funcionários concursados do INSS, onze Procuradores (as), um volume de processos insano que funciona como uma máquina de moer carne.

    A estrutura toda será dividida entre Goiânia e Rio Verde, isso é um tiro no pé.

    Não se fecha uma estrutura daquelas com 56 computadores, dois Servidores IBM (cada um custou 32.000 reais, um servidor da Dataprev – são duas Redes Intranet) fora todo volume de processos que passam (pra vocês terem idéia, a média é de 210 processos digitalizados por dia).

    O povo não imagina a baba que a AGU economiza ao Otário Público Federal e, hoje está à míngua!

    Fodeu.

    Se o Governo Federal deixar de contestar/fazer acordos a bagaça vai prô saco.

    Por lá há processos de cobrança conta gente que foi autuada pelo Ibama, Inmetro, e tudo quanto é orgão, sem a AGU não há cobrança!

    Por isso muita gente quer acabar com a AGU, sem ela o Governo Federal não cobra financeiramente.

    hehe.

     

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